QGIS no Departamento Federal de Planeamento Urbanístico, Malásia Peninsular

Introdução

O Departamento Federal de Planeamento Urbanístico, da Malásia Peninsular (JPBD) é um agência federal que faz aconselhamento em questões de planeamento urbanístico. O âmbito desta administração para o departamento, porém, é limitado à península da Malásia porque Sabah e Sarawak na Malásia Oriental têm as suas respetivas agências de planeamento urbanístico. O Ordenamento do território está na lista atual da Legislação Federal, portanto, no nível federal, JPBD aconselha a Habitação e o Ministro do Governo local a partir do qual JPBD recebe o seu auxílio, bem como aconselha o Conselho Nacional de Planeamento Físico presidido pelo Primeiro-Ministro . No nível estadual, o diretor estadual informa o Comité de Planeamento do Estado presidido pelo ministro-chefe. No nível local, JPBD aconselha as autoridades de planeamento local em matéria de planeamento estando envolvido na preparação obrigatória de planos de desenvolvimento. Na sede, a Divisão Nacional de Plano Físico prepara o Plano obrigatório Nacional Físico enquanto quatro escritórios regionais de projetos auxiliam na elaboração de Planos de estrutura do Estado, os Planos Distritais Locais e os Planos de Área especial. Como os órgãos públicos eram tradicionalmente estabelecido de base em sua especialização, JPBD é o que guarda a informação do uso do solo.

O Projeto

O QGIS foi introduzido pela primeira vez na comunidade de Código Aberto da Malásia como uma alternativa viável para o software SIG proprietário nos órgãos públicos pelo JPBD na Conferência de Código Aberto no Governo da Malásia (MyGOSSCON) em 2009 e para a comunidade SIG da Malásia na 4 ª Conferência Nacional de SIG e Exibição (NGIS) em 2010. JPBD tem sido, tradicionalmente, um utilizador de SIG proprietário, logo, a introdução do QGIS foi um abrir de olhos, não só do ponto de vista de Software de Código Aberto (OSS), mas também, OSS SIG. A filosofia Código Aberto era diferente assim como o usar o QGIS era estranho, inseguro e perigoso, e surpreendentemente a ideia de usar o QGIS não recebeu muito apoio internamente, de facto, enfrentou resistência em 2010, a partir da gestão de topo até ao grupo de apoio.

MyGOSSCON, 2009

MyGOSSCON, 2009

No lado oposto, pedido para palestras técnicas sobre QGIS vieram de outros órgãos técnicos que o JPBD deu ao Ministério das Obras e do Departamento de Irrigação e Drenagem. Outros trabalhos para promover QGIS pelo JPBD foi na forma de artigos em boletins no Centro de Competência de Código Aberto (CEB) no Departamento do Primeiro-Ministro, artigos de introdução do QGIS em newsletters no Departamento de Levantamentos SIG, no Ministério das Obras Públicas e no boletim do Ministério do Sector Geoespacial de Recursos Naturais. Entretanto, JPBD tem pesquisado sobre o desenvolvimento de um módulo de análise de declives para a versão Windows e Ubuntu do QGIS.

O estudo destacou prós e contras de personalizar um módulo e o alto nível de compromisso na gestão necessária para garantir o seu sucesso e adopção contínua. Em 2011, a JPBD começou a fazer mais pesquisas sobre o QGIS mais como uma ferramenta analítica invés de uma ferramenta de mapeamento, a fim de explorar novos módulos pioneiros ou encontrar novas abordagens para explorar o QGIS.

O departamento eventualmente promoveu o pacote QGIS-GRASS em vez do simplesmente QGIS como foi encontrado para ser mais poderoso e útil para fins de planeamento urbanístico, tais como a limpeza de erros de topologia e superar as limitações das entradas padrão. Isso foi apenas o começo.

Northern Project Office obtém formação QGIS

Northern Project Office obtém formação QGIS

Numa tentativa de centralizar e partilhar conhecimento no uso do QGIS para a proposta de planeamento urbanístico, e que pode ser usado noutras áreas que lidam com análises espaciais, foi criado um blogue não oficial por um autor denominado de «QGIS MALAYSIA» em http://www.qgismalaysia.blogspot.com que foi criado para gerar a comunidade QGIS na Malásia. Agências externas mostram ter mais interesse no QGIS que o JPBD e a seu pedido, JPBD deu formação em QGIS ao Departamento de Incêndios e Segurança assim como ao Ministério da Educação que mais tarde convenceu que o QGIS seria de facto uma ferramenta SIG.

Sabendo disto, a Divisão de Investigação e Desenvolvimento JPBD teve a iniciativa e pediu formação em QGIS e formou 12 pessoas. A palavra de boca em boca (uma dádiva de Deus, embora, às vezes, extremamente prejudicial) espalhou que o QGIS era de facto amigável, fácil de usar e a par do software proprietário SIG na tarefa de mapear e pode substituir o software proprietário SIG quando otimizado com os módulos GRASS.

O interesse no QGIS aumentou e em 2012, com o apoio total dos diretores de projeto, um um esforço feito por todos na Divisão Nacional de Informação de Uso do Solo e espalharam a formação do QGIS para 4 gabinetes de projeto onde detinham o maior número de utilizadores SIG. No final de 2012, foi revelado que pelo menos 320 equipas no JPBD iriam usar QGIS e que contavam com aproximadamente 90% de utilizadores SIG do departamento.

E não foi tudo. Os Departamentos do Estado de planeamento urbanístico, também pediram formação QGIS como Peak e estados pobre incluindo Perlis e Kelantan. Se isso acontecer, isto pode antecipar o uso do QGIS e dominar todos os departamentos de planeamento do estado e mesmo estender-se à autoridades locais de planeamento, muitas deles em dificuldades financeiras. Entretanto, JPBD está seriamente a estudar o uso dos pacotes QGIS-PostgreSQL-PostGIS para todo os gabinetes de planeamento como cliente e um servidor com uma estrutura de base de dados geográfica SIG para servir a fundação da rede integrada do JPDB de ocupação do solo (iPLAN).

Resultado do uso do QGIS

  • Assumindo que por licença de um SIG proprietário ronda 10,000 RM, o uso de 320 instalação ajuda a poupar ao governo federal 3,200,000 RM;

  • A total erradicação da pirataria nos SIG e aumento da confiança no uso do na generalidade dos OSS e especificamente os SIG OSS;

  • A formação de QGIS é simples de gerir. Isto significa aprendizagem cruzada entre equipa, divisões, agências públicas e mesmo autoridades locais de planeamento que usam o QGIS mais eficazmente por ser usada de forma uniforme.

  • O uso do QGIS ajuda a sinergia do PostgreSQL, e das base de dados geográficos PostGIS que o departamento está a planear usar como base na sua base de dados geográfica de uso do solo para toda a península da Malásia.

  • É mais rápido no processamento de verificação de dados e limpar erros de topologia.

  • Os utilizadores ficam mais encorajados a começar a aventurar-se no Google Maps e outras fontes da internet para informação secundária;

  • Sendo fácil de utilizar, o QGIS incentiva os utilizadores para serem mais aventureiros e para explorarem muitos dos módulos disponíveis, tornando-se uma vantagem e faz com que a sua tarefa seja mais fácil.

  • SIG é uma ferramenta complexa que torna-se um amigo em vez de um obstáculo.

Autor

Abbas Abdul Wahab

Abbas Abdul Wahab

Este artigo foi contribuído em Janeiro de 2012 por Abbas Abdul Wahab. Abbas formou-se como urbanista no Colégio de Artes e Design Gloucestershire, Reino Unido em 1980 e tem um mestrado de Ciências em Engenharia SIG e Geomática da Universidade de Putra da Malásia em 2002. É o atual Chefe da Unidade Nacional de Informação de Uso do Solo na Divisão Nacional de Uso do Solo no Departamento Federal de Planeamento Urbanístico na Malásia Peninsular.